O veganismo, prática que exclui o consumo de produtos de origem animal, tem ganhado destaque mundialmente, refletindo mudanças significativas nos hábitos alimentares e nas preocupações com saúde, meio ambiente e bem-estar animal. Este artigo explora os países com as maiores populações veganas e analisa a posição do Brasil nesse cenário, apresentando dados atualizados até 2025.

Países com as maiores populações veganas

Diversos países têm se destacado pelo número significativo de veganos em sua população. A seguir, apresentamos alguns desses países, com base em estimativas recentes:

  • Índia: A Índia lidera o ranking global, com aproximadamente 19% de sua população se identificando como vegana. Essa alta adesão ao veganismo está relacionada a fatores culturais, religiosos e preocupações com a saúde.
  • Israel: Conhecido como a “capital vegana mundial”, Israel possui cerca de 5% de sua população adotando o veganismo. O país tem se destacado por políticas públicas e iniciativas que incentivam dietas plant-based.
  • Alemanha: A Alemanha apresenta um crescimento notável no número de veganos, especialmente em cidades como Hamburgo, que registrou um aumento de 55% no número de empresas veganas no último ano.
  • Reino Unido: O Reino Unido tem experimentado um aumento significativo no número de veganos, impulsionado por campanhas como o “Veganuary“, que incentiva as pessoas a adotarem uma dieta vegana durante o mês de janeiro.
  • Estados Unidos: Nos Estados Unidos, o veganismo tem crescido consideravelmente, com estimativas indicando que mais de 13,4 milhões de pessoas adotaram essa prática.

O papel do Brasil no cenário global do veganismo

O Brasil tem se destacado como um dos países com maior número de veganos e vegetarianos na América Latina. Uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência em 2022 revelou que 14% da população brasileira, aproximadamente 30 milhões de pessoas, se considera vegetariana.

Dentro desse universo, estima-se que cerca de 7 milhões de brasileiros sejam veganos, baseando-se em padrões observados em outros países, onde uma parcela significativa dos vegetarianos também adota o veganismo.

Além disso, 46% dos brasileiros com mais de 35 anos reduziram o consumo de carne por conta própria, ao menos uma vez por semana, e 32% já escolhem opções veganas em restaurantes e outros estabelecimentos.

O movimento “Veganuary”, que incentiva a adoção de uma dieta vegana durante o mês de janeiro, tem ganhado força no Brasil. Em 2024, mais de mil brasileiros se inscreveram na campanha, refletindo o crescente interesse por alternativas alimentares plant-based.

O mercado vegano brasileiro também tem mostrado um crescimento expressivo. Estima-se que o mercado vegano foi avaliado em US$ 19,7 bilhões em 2020, com expectativa de crescimento para mais de US$ 36,3 bilhões até 2030.

Além disso, o número de negócios com o termo “vegano” no nome cresceu mais de 500% nos últimos dez anos, indicando uma expansão significativa do mercado e da oferta de produtos e serviços voltados para o público vegano.

Tendências e perspectivas futuras

O crescimento do veganismo no Brasil está alinhado a tendências globais de busca por uma alimentação mais saudável, sustentável e ética. A preocupação com o impacto ambiental da pecuária e o aumento da conscientização sobre questões de bem-estar animal têm impulsionado essa mudança de hábitos.

Além disso, o avanço tecnológico tem proporcionado inovações no setor de alimentos plant-based, tornando-os mais acessíveis e atrativos para os consumidores. Produtos como queijos, carnes e leites vegetais têm ganhado destaque, ampliando as opções disponíveis no mercado.

O Brasil, com sua rica biodiversidade e tradição culinária, tem o potencial de se consolidar como um líder no mercado vegano global, não apenas atendendo à demanda interna, mas também exportando produtos e influenciando tendências internacionais.

Conclusão

O veganismo tem se expandido globalmente, com países como Índia, Israel, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos liderando em número de adeptos. O Brasil, com uma população significativa de veganos e vegetarianos, desempenha um papel crucial nesse cenário, refletindo mudanças nos hábitos alimentares e nas preocupações sociais. O crescimento do mercado vegano brasileiro e o aumento da conscientização indicam um futuro promissor para o veganismo no país, alinhado às tendências globais de sustentabilidade e ética alimentar.

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