A capa da mais nova edição da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (PEGN) trouxe a foto de um hambúrguer com a frase: “isto é uma planta”. A revista, que tem por objetivo mostrar os desafios dos empreendedores, as oportunidades de negócio e as histórias de sucesso no setor empresarial, dessa vez apostou no tema do mercado vegano

Neste mês, falamos sobre um dos setores mais promissores no momento: o mercado vegano. Contamos a história de empreendedores que faturam com este nicho e mostramos o que fazer para repetir o sucesso deles.” – diz canal oficial da revista na internet. 

A edição de julho não se limitou em falar sobre produtos veganos em si, mas se preocupou em mostrar ao interessado em empreender nesse ramo a necessidade de entender a causa como um todo. Compreender, principalmente, que o movimento vegano não se limita à alimentação sem produtos de origem animal mas, como sabemos, abrange outros segmentos, como vestuário e produtos de higiene e limpeza. 

Todos os produtos deverão observar se houve ou não exploração animal, ou seja, no setor vestuário, por exemplo, a seda e o couro não poderão estar presentes na composição. O teste em animais, ainda bem presente na área de produtos de higiene e limpeza, maquiagens e cosméticos em geral, é outro ponto a ser observado pelo empreendedor na hora de escolher esse ramo. 

Alisson Rezende, consultor de negócios do Sebrae SP aponta que “Não adianta ter um bom ponto e um bom preço, mas atender os clientes usando uma blusa de lã”. E continua “Não faz sentido ter esse estabelecimento se não for para respeitar a filosofia de vida desse público”. 

O consumidor vegano está por dentro de todos esses pontos levantados, por isso ele, geralmente, ele já parte da desconfiança ao comprar qualquer produto. Portanto, é importantíssimo a transparência nas informações sobre o que é colocado à venda, assim o público vegano irá sentir mais confiança na marca que está consumindo. Ainda, é necessário cuidado na produção, isto é, preciso ter a certeza de que dentre os ingredientes que compõe aquele produto não há nada de origem animal. Escolher os fornecedores certos, que respeitam e se comprometem com a causa vegana, também é essencial para conquistar esses consumidores. 

Outro ponto levantado é a necessidade de entender os hábitos de consumo do público vegano, ou seja, o que eles precisam e como eles suprem essa necessidade atualmente. Além disso, a demanda e as tendências da região que você pensa em investir precisam ser estudadas. Segundo Alisson Rezende e Cristina Leonhardt, fundadora do site Sra. Inovadeira e diretora de inovação da Tacta Food School, as hamburguerias veganas estão em alta, sendo consideradas um mercado de nicho. 

Diante desse rápido crescimento do veganismo, mudanças no mercado interno ocorreram e, como consequência disso, diversas empresas têm investido fortemente em alta tecnologia visando o aprimoramento de produtos. A novidade do momento é o lançamento de carnes à base de plantas que prometem sabor, textura e cor muito parecidos com a carne de verdade. As três marcas que estão investido em hambúrgueres à base de plantas atualmente são: a Fazenda Futuro, a Behind the Foods e a Superbom. 

A nova capa da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios  confirma a rápida expansão do veganismo pelo Brasil. Esse fato abre espaço para novos investimentos e oportunidades na área dos negócios, e diversas empresas estão atentas a isso. É notável no tempo atual a maior variedade de roupas, calçados, produtos alimentícios e cosméticos em geral quando comparado há 5 ou 10 anos atrás. 

O consumidor vegano está atento a tudo, e preza por informações claras e transparentes. Portanto, além de interesse em empreender nesse mercado, estudar a questão e todos os seus desdobramentos é essencial para o sucesso do investimento. 

Por Victor Goes em 17 de junho
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