“Os novos dados confirmam o que estamos ouvindo e vendo todos os dias de nossos membros: as vendas estão em alta, o investimento está aumentando e novos empregos estão sendo criados na indústria de alimentos à base de plantas.” – Infiniti Reseach

As oportunidades dentro do mercado vegano “estão apenas começando”, de acordo com um relatório da indústria alimentícia..

O relatório, do fornecedor de soluções de inteligência de mercado Infiniti Research, é um estudo de avaliação de risco da indústria no mercado de alimentos veganos. Esses dados foram preparados para um cliente de uma grande distribuidora de alimentos on-line com o fim de entender os riscos relativos no mercado de alimentos veganos e maximizar a economia sendo proativo em vezes de reativo.

Segundo um porta-voz da empresa, “a contínua proliferação de negócios relacionados a alimentos veganos durante o ano passado demonstra que este movimento está apenas começando”.

Sua afirmação continua: “O ano de 2018 foi saudado como o ano do veganismo. (…) embora os produtos alimentícios veganos estejam em um nicho de mercado, estão crescendo rapidamente devido à ampla adoção do veganismo no mundo. Os outros fatores que contribuem para o aumento do consumo de produtos alimentícios veganos são a pegada ecológica e a abstinência da crueldade contra os animais.”

O novo relatório segue dados da Nielson, encomendada pela Associação de Alimentos Baseados em Plantas (PBFA), que mostrou que a indústria de alimentos vegetais experimentou um crescimento de 20% nas vendas em dólares no ano passado, com vendas de US $ 3,3 bilhões.

Michele Simon, diretora executiva da PBFA, disse que o crescente consumo de produtos veganos significa que a indústria “não é mais nicho”.

O mercado vegano não é apenas para os veganos!

A Infiniti também afirmou que “a indústria de alimentos à base de plantas deixou de ser um nicho de mercado relativamente completo. (…) As alternativas de carne e laticínios à base de vegetais não são mais apenas para vegetarianos ou veganos; agora, até mesmo os principais consumidores estão desfrutando dessas opções deliciosas e inovadoras no mercado hoje.”

Um dos motivos para esse interesse nos produtos veganos está nos benefícios a saúde. A população está se atentando dos malefícios do consumo de carne, e com grandes organizações, como a Organização Mundial de Saúde, se pronunciando sobre risco de consumo elevado da carne, as pessoas passam a dar maior credibilidade para esse ponto, e com isso, passam a dar mais atenção para produtos saudáveis.

Além disso, cresce a preocupação da população com o impacto ambiental e a indignação com as condições de vida impostas aos animais usados nos processos de produção. De fato, uma pesquisa do Datafolha de 2017 já havia mostrado que 63% dos brasileiros quer reduzir o consumo de carne.

 

O Reino Unido traz boas expectativas desse mercado

De acordo com a Vegan Society, pelo menos 542 mil britânicos se consideram veganos. Outro ponto importante está na tendência predominar os jovens. Embora mais de um em cada 10 dos consumidores britânicos tenham experimentado uma dieta vegana, esse número sobe para 20% para os menores de 35 anos, de acordo com um relatório de fevereiro de 2017 da Mintel.

Para atender a demanda de 542 mil britânicos, as empresas veganas tiveram que crescer.  Entre 2012 e 2016, tivemos um crescimento de 185% no número de produtos veganos lançados no país.

O mercado vegano brasileiro

Em 2011, o IBOPE fez sua primeira pesquisa para entender quantos brasileiros se declaram vegetarianos, e o resultado mostrou eram 9% da população, cerca de 17,5 milhões. Já em 2012, o IBOPE repetiu a pesquisa, e os resultados apresentaram uma queda: 8% da população, cerca de 15,2 milhões de brasileiros, se declarava vegetariana.

No ano de 2018, o IBOPE repetiu novamente essa pesquisa, e os resultados foram bem diferentes. Atualmente 14% da população é vegetariana, cerca de 29,2 milhões de pessoas.

Além disso, o IBOPE trouxe dados importantes para o mercado:

– 55% dos entrevistados disseram que poderiam consumir mais produtos veganos se houvesse uma melhor sinalização nas embalagens.

– 61% daria preferência para alimentos veganos se esses produtos tivessem preços semelhantes aos produtos de animal.

 

Essa tendência está chamando atenção de empreendedores e de investidores. Nomes famosos, como Bill Gates, Richard Branson (da Virgin) e Sergey Brin (do Google) apostam no crescimento do setor de proteínas vegetais e de substitutos às carnes, leite e ovos.

A pesquisa do IBOPE revela grandes oportunidades de negócio para empresas e investidores brasileiros. Segundo Ricardo Laurino, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira,“o vegetarianismo está deixando de ser uma escolha de uma parcela restrita da população, para rapidamente ocupar posição central na mesa dos brasileiros”.

 

Ao se atentar aos dados das pesquisas é possível ver um grande futuro e ótimas oportunidades no mercado vegano. Cada vez se torna mais claro que o veganismo é o estilo de vida do futuro, e quem está atento nesse movimento, pode ter grandes chances de sucesso.


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Por Lari Chinaglia em 12 de dezembro
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